quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

FAZENDO SONHOS ACONTECER



Existem muitos talentos escondidos onde os sonhos são corrompidos, onde notas flutuam como pássaros que quer voar, onde a timidez se assenta na beira de um rio no bairro da Mangueira e nada a fazer, tristes e franzinos com cabelos maltratados e sorrisos temidos, mas notas musicais soltas no ar. Onde estão os talentos? Presos, assombrados, eu e você e todos os artistas da cidade estamos presos aos sonhos dos meninos talentosos onde ninguém chega até lá. Um artista no Centro Histórico me disse que ensinar musica a crianças é um trabalho muito bonito, poxa que bela teoria, acho que este artista está morto. Alguém me disse que um garoto de 17 anos foi assassinado no bairro da Mangueira porque devia um traficante, ele também está morto. Eu trazia no coração uma vontade de servir a humanidade, eu sentia vontade de servir, mais eu tinha medo e preguiça e os meus sonhos também não se realizavam. 
Toma de amor um rio da busca com movimento de coisas intangíveis o desejo incondicional fazendo sonhos acontecer, estamos todos presos uns aos outros, é mais fácil amar uns aos outros e ver sonhos acontecer, num inconsciente coletivo que gera milhões de atrativos é bem mais fácil gerar abrigos, ensinar alguém tocar um instrumento do que falhar e não fazer nada até o final, vamos até falhar mas é melhor do que não fazer nada pelos sonhos de uma geração perdida. O tempo deus é precioso e espera o tempo todo nos empenhar pelo bem da humanidade. NÃO QUERO FAZER PARTE DO GRUPO DOS COVARDES, E CHEGAR NO FIM DA VIDA SEM HISTÓRIA PARA CONTAR. Somos a soma de milhares de átomos coligados uns aos outros, num caos onde a ordem. Vai ter um show na praça dos Filhos da Musica, quem são: são crianças da Mangueira, que legal! Eu vou assistir. E o professor um grande músico que vive há tantos anos na cidade de Paraty está realizado porque pelejou com aquele menino que só queria ficar descalço na rua empinando pipa e observando uma galera fumar um baseado e vender papelotes de cocaína, mas este menino também não queria tocar nenhum instrumento, ele era marrento e obstinado como sua mãe sofrida por não ter realizado seus sonhos. Mas um dia o vento da insistência bateu nos teus ouvidos e uma nota só arrastou um olhar triste de uma sensibilidade numa emotiva canção fez o professor e o menino chorar e alguém disse: na próxima aula quero ver você bonito, tome um bom banho vista a  roupa mais bonita e venha para aula e venha aqui e me de um abraço e um beijo, este menino meio envergonhado se acanhou e logo depois disse: eu não tenho tantas roupas bonitas e não tenho violão também.   Renata lobah


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